10º Fichamento
I – Identificação do texto
Jurema Freire Lisboa de Castro, Suely Baptista Oliveira, Roberto Duncan Sales. Prevalência das anomalias dentárias em pacientes submetidos a tratamento ortodôntico (Prevalent dental disgenesis in patients under orthodontich treatment). Maringá: Rev. Dent. Press Ortodon. Ortop. Facial v.9 nº5, set./out.2004.
II – Palavras-Chave
Disgenesias dentárias. Ortodontia. Odontopediatria.
III - Sinopse do Texto
Neste artigo, os autores demonstram os resultados de um estudo acerca da prevalência das disgenesias dentárias em pacientes submetidos a tratamento ortodôntico na cidade do Recife, no período de 1991 a 1999, por meio da observação de dados contidos em prontuários e do exame radiográfico.
As disgenisias são anormalidades que ocorrem como mudanças no que se considera como processo normal e/ou diferenciação. Um distúrbio de desenvolvimento ou anormalidade pode ser classificado de acordo com a sua severidade. Sabe-se, pois, que anomalias são distúrbios severos, mas elas nem sempre interferem com a função; podem ser causadas por condições locais, tendências herdadas ou, ainda, por manifestações de distúrbios sistêmicos.
Assim, Neville et al. classificaram as alterações de desenvolvimento dos dentes quanto ao número, tamanho, forma e estrutura. Salientaram também que o controle genético parece exercer uma forte influência no desenvolvimento dentário porque, afirmaram eles, numerosas síndromes hereditárias estão associadas com as disgenesias dentárias, pois muitas alterações numéricas não-sindrômicas dos dentes mostram uma forte correlação genética.
E salientam que: “a anodontia é a ausência congênita de todos os dentes. Expressaram também que a ausência de um ou mais dentes é relativamente comum, sendo denominada hipodontia. Ela está correlacionada positivamente com a microdontia e apresenta uma alta prevalência em mulheres. É observada uma forte influência genética, demonstrando ter uma associação íntima com 40 síndromes diferentes”. E o termo anodontia significa ausência congênita de todos os dentes. Algumas vezes, salientaram eles, o termo anodontia parcial pode ser usado como sinônimo para a hipodontia.
Através dos dados obtidos através de demonstra que em uma amostra total de 551 pacientes, dos quais 227 (41,2%) eram do gênero masculino e 324 (58,8%) do feminino, foram encontrados 124 (22,5%) pacientes que apresentavam algum tipo de agenesia quanto à forma, estrutura ou número. Entre os pacientes em que foram identificadas agenesias, 44 (7,99%) eram do gênero masculino e possuíam mais de uma agenesia e 80 (14,52%) do feminino, sendo que 3 possuíam mais de uma agenesia. Assim sendo, ocorreram 130 agenesias, das quais 46 (35,43%) nos indivíduos do gênero masculino e as restantes 84 (64,57%) no feminino.
Neste sentido, os resultados do presente estudo revelaram também que as distribuições das agenesias em relação à localização não apresentaram diferenças entre os arcos superior e inferior. Porém, estabelecer critérios comparativos com outros autores não foi possível em virtude de não evidenciarem esse parâmetro.
Entende-se, portanto, no presente trabalho, que a prevalência de agenesias dentárias verificadas na amostra foi de 22,5%, sem diferenças estatísticas entre os gêneros, e as mais freqüentes foram as de número (86,92%), seguidas pelas de forma (8,46%) e estrutura (4,62%). Onde, entre as disgenesias de número, predominaram os casos de hipodontia (84,6%), de forma, de dilaceração e microdontia (3,85%), e de estrutura os casos de hipoplasia, com (3,85%). Por fim, os autores evidenciam que o exame radiográfico é o mais importante meio para o diagnóstico das agenesias dentárias.
Referencia: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-54192004000500010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt
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