8º Fichamento
I – Identificação do texto
Simone Di Salvo Mastrantonio, Aline Rogéria Freire de Castilho, Cleide Felício de Carvalho Carrara. Anomalias dentárias em criança com fissura de lábio e palato (Dental anomalies in a child with cleft lip and palate). São Paulo: RCRO_Odont_Clin-cien.indd Sec1:278, 2009.
II – Palavras-Chave
Anomalias dentárias, Fissura labiopalatal, malformação congênita
III - Sinopse do Texto
O presente artigo aborda a incidência de anomalias dentárias em pacientes com fissura labial ou de palato, sendo aquelas bastante comum nesses casos. A fissura labiopalatina consiste em uma malformação congênita, decorrente da falta de fusão dos processos nasais da proeminência frontal com o processo maxilar que ocorre durante o período embrionário (3ª a 8ª semana de vida intra-uterina) e início do período fetal (7ª a 12ª semana de vida intra-uterina), consistindo em alterações de desenvolvimento que podem atingir dentes decíduos e permanentes, manifestando-se por alterações de tamanho, forma, número, estrutura e cronologia de erupção.
A maioria das anomalias dentárias é de origem hereditária, porém podem estar associadas às anomalias congênitas, como fissura labiopalatina ou patologias generalizadas, como displasia ectodérmica e disostose cleidocraniana. Já a fissura labiopalatina constitui a anomalia craniofacial mais prevalente entre as deformidades congênitas e, no Brasil, acomete um a cada 650 nascidos vivos. Sendo, a anodontia é a anomalia dentária mais frequentemente observada em pacientes com fissura de lábio e palato, afetando, principalmente, o incisivo lateral do lado da fissura.
Em relação a população em geral, a agenesia ocorre com mais frequência do que a presença de supranumerários e normalmente é bilateral e em indivíduos com fissura de lábio e palato, o dente mais frequentemente ausente é o incisivo lateral superior, seguido do 2º prémolar inferior e incisivo central superior.
As anomalias dentárias também podem ser classificadas segundo a forma com a qual se apresentam, destacando-se, a fusão, que representa a união de dois germes dentários em desenvolvimento, resultando em uma única estrutura dentária com tamanho maior que o normal. A fusão dentária é mais comum na dentição decídua do que na permanente, sendo que os dentes anteriores, nas duas dentições, são mais frequentemente afetados do que os posteriores. Os dentes fusionados são assintomáticos, mas podem causar alguns problemas clínicos como alteração na época de esfoliação da dentadura decídua, mudança no comprimento do arco, diastema, dificuldades funcionais e maior acúmulo de placa bacteriana, predispondo os dentes a lesões de cárie e problemas periodontais.
Os autores enfatizam novamente a interligação existente entre as fissuras lábio-palatinas e às anomalias dentárias:“fissura lábio-palatina pode, com frequência, afetar o desenvolvimento dos dentes decíduos e permanentes assim como a própria maxila. São frequentemente encontradas várias anomalias dentárias, como hipoplasia, agenesia, micro e macrodontia, dentes fusionados e supranumerários”.
Portanto, finalizam os autores dizendo reafirmando a importância do: “O diagnóstico precoce de dentes supranumerários e agenesias é importante para que se estabeleça uma conduta clínica e ortodôntica adequada, visando à obtenção de uma oclusão mais favorável diante de tais caso”.
Referência: http://www.cro-pe.org.br/revista/v8n3/13.pdf
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