9º Fichamento
I – Identificação do texto
COUTINHO, T. C. L.; TOSTES, M. A.; SANTOS, M. E. O.; BASTOS, V. A. S. Anomalias dentárias em crianças: um estudo radiográfico. Rev Odontol Univ São Paulo, v.12, n.1, p.51-55, jan./mar. 1998.
II – Palavras-Chave
Anomalias dentárias; Radiografia dentária; Odontopediatria.
III - Sinopse do Texto
Neste artigo, os autores demonstram os resultados das anomalias dentárias mais frequentes em crianças, sendo esses resultados obtidos através da análise radiográfica de 324 pacientes (04-12 anos), de ambos os sexos, atendidos na FO-UFF entre 1992 e 1996, relacionando-as com sexo, localização, tipo de tratamento realizado e complicações associadas.
A principio, são apontadas as atribuições da Odontopediatria e o seu relevante papel na prevenção e tratamento das anomalias dentárias que acometem o público infantil. Sendo, pois, responsabiidade deste profisisonal, segundo aponta os autores: “supervisionar não só as condições de toda a cavidade bucal, como também o bem-estar geral, através da avaliação dos dados obtidos na anamnese, no exame clínico e, freqüentemente, pelas radiografias”.
Neste sentido, portanto, exame radiográfico demonstra-se ser um instrumento de diagnóstico importante e fundamental para o sucesso do tratamento de crianças, não só para o diagnóstico de cáries iniciais, como também para a detecção precoce de problemas de erupção ou de desenvolvimento que ocorrem durante os estágios de iniciação e proliferação dos germes dentários. Logo, a importância do estudo dessas anomalias em Odontopediatria reside no fato de que, através de um diagnóstico precoce, pode-se prevenir a instalação de problemas oclusais não só na dentição decídua, como também na fase de dentadura mista.
Com relação aos dados obtidos, de um total de 324 fichas clínicas avaliadas, 37 (11,4%) apresentavam algum tipo de anomalia dentária. Das 37 crianças afetadas, duas apresentavam mais de um tipo diverso de anomalia, totalizando 39 casos, sendo, a prevalência entre meninos e meninas similar. Onde, as anomalias mais observadas na amostra foram as de número (6,5%), incluindo anodontia e dentes supranumerários, seguidas em ordem decrescente de freqüência pelas anomalias de forma (2,7%), de erupção (2,5%) e de tamanho.
Já com relação às complicações mais comuns associadas, observou-se impactação (41%), perda de espaço no arco (36%), giroversão (18%) e desvio do trajeto eruptivo (5%), ocasionadas pela presença de anomalias de número como supranumerários e erupção ectópica de molares permanentes.
As conclusões a que se chegaram os autores é de que “as anomalias de forma, 100% dos casos compreendiam a ocorrência de dilaceração coronária e/ou radicular afetando incisivos centrais superiores permanentes”. E que: “A presença de anomalias de desenvolvimento pode provocar várias complicações, como erupção retardada ou não erupção de dentes, falta de espaço e giroversões, fato comprovado neste estudo, em que 84,8% dos casos diagnosticados (na sua maioria, anomalias de número e erupção) estavam associados a problemas de maloclusão”.
Recomendado-se, por fim, que a melhor maneira de prevenir a ocorrência desses problemas são o diagnóstico e a intervenção precoces, sendo a indicação do exame radiográfico panorâmico essencial ainda na idade de cinco anos, de modo a reduzir o número de filmes intra-orais necessários e a radiação emitida. Portanto, a radiografia para o paciente infantil deve ter a finalidade de complementar o exame clínico, assegurando um diagnóstico acurado e fornecendo a base para um ótimo atendimento. Desse modo, evitam-se traumas cirúrgicos extensos e tratamentos ortodônticos prolongados, obtendo-se, assim, prognóstico mais favorável para esses casos.
REFERÊNCIA: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-06631998000100009&lng=en&nrm=iso
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